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OS DONS COMUNS

INTRODUÇÃO Esta classe de dons são aptidões ou tendências outorgadas por Deus a humanidade, como resultado de sua graça comum, que por sua vez é estendida a todos. Os dons que vamos estudar nessa cessão estão intimamente relacionados ao contexto cristão, mas não de restringe a ele. Não pretendemos aqui apresentar um esboço completo dos ditos “dons comuns”, eles são inúmeros, apenas citaremos aqueles mais relevantes e que estão relacionados com o contexto da Igreja de Cristo. Lembrando que quando estamos tratando destes dons não estamos tratando de méritos espirituais. Como já abordamos em estudos anteriores, o termo “dom” na Bíblia é bem amplo e pode além de habilidades e talentos, significar outros benefícios divinos como: a vida, chuva, provisões pessoais, tais como vestes, calçados, saúde, prosperidade financeira, emprego, fama e sucesso, etc. e até mesmo resposta a alguma petição feita a Deus, coisas semelhantes também são chamados “dons” por Salomão (Ec 3: 13; 5:19). Todas estas coisas pode Deus fazer ou conceder aos homens, mesmo que não aprove suas ações ou mesmo que não sejam seus filhos por crer e aceitar a Jesus, mas como resultado direto de sua graça. Todos somos criaturas de Deus, por isso ele assume seu papel como preservador e conservador de sua criação. “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:44,45). I- Dom do matrimônio Talvez alguns podem discordar desta posição, porém as Escrituras, nas palavras do próprio Senhor Jesus afirma ser o casamento um Dom de Deus. “Disseram-lhes: seus discípulos; se assim é a condição do homem relativamente a mulher, não convém casar. Ele porem lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mais só aqueles a quem foi concedido (Mt 19:10-11)” ver também (1 Co 7:7). O casamento é a primeira e maior instituição divina. Ele exerce um papel relevante diante do plano redentivo de Deus. Deus agraciou o homem com este maravilhoso dom, porém, jamais se responsabilizará por seu mau uso por parte daqueles que o receberam. O matrimônio envolve responsabilidade mútua. Em se tratando de dons comuns o matrimônio é o dom mais complexo a ser administrado, pois é o único que envolve duas pessoas em sua administração direta; este dom é dúplice mais ao mesmo tempo individual, porque apesar de carecer cooperação mútua, só poderá perpetuar se cada indivíduo envolvido, cumprir cabalmente seu papel no contexto do mesmo. A administração correta por parte dos indivíduos resulta em um matrimônio estável; este por sua vez em uma família estável; a família da origem igreja, a igreja exerce um papel relevante na sociedade. Concluindo, sem matrimônio não existiria família, sem família não existiria igreja, sem igreja não existiria os demais dons de Deus, pois são dádivas para a igreja, portanto, não teriam motivos de existir, então o matrimonio é o maior dom, que por sua vês é sustentado pelo maior e mais precioso sentimento, o amor. Deus mesmo foi seu inventor, (Gn 1.27 e 2.18) eis algumas de suas principais finalidades: 1. Para perpetuar a espécie (Gn 1: 25) 2. Para estabilidade da família (Gn 1: 28) 3. Para o mútuo auxilio (Gn 2: 28) 4. Para a mútua satisfação sexual ou compartilhamento de sentimento (Pv 5: 18-21; Ec 9:9), Deus criou para ser eterno no sentido de existência, sua natureza admite apenas sexos opostos, macho e fêmea (Gn 1:27) e apenas um macho e uma fêmea, uma terceira pessoa danifica sua natureza real. Para os que administram indevidamente seu matrimonio, no que tange ao cumprimento de seus deveres individuais hão de prestar conta disso a Deus que há de julgar os vivos e os mortos (At 17:31) II- Habilidade de cantar (2 Cr 25:1) Os cânticos, como a música de um modo geral assumem papeis relevantes na liturgia cristã. Este também é um dos dons, chamados comuns por ser visto em grande proporção, também fora do contexto cristão. A perfeita administração dos dons comuns não depende de seu doador; Deus, mas daquele que o recebeu. Este princípio, é aplicado até mesmo aos dons específicos para igreja. A música em sentido geral tem espaço conquistado no universo, são diversificadas, tanto em ritmos, melodia, melodia, letra. A verdadeira forma de aplicar tal dom seria devotar todo o seu potencial ao seu real doador, Deus. Porém muitos, ou a maioria usa este dom para despertar e promover as paixões carnais. Mas até mesmo a música gospel, “Evangélica” como é atualmente denominada, não está isenta da invasão de tais elementos estranhos, por causa de indivíduos destituídos da verdadeira vocação cristã e novo nascimento. (Jo 3.3,5). O dom de cantar com já dissemos é comum, porém o ministério do louvor é somente para os cristãos, e somente aqueles que verdadeiramente são chamados e vocacionados por Deus para tal. Todos na Assembleia cristã podem e devem adorar ao Senhor, com cânticos, hinos e salmos (1 Co 14:26 e Ef 5:19), mas é dentre estes adoradores e dentre muitos aqueles que Deus agraciou por sua própria soberania com o dom do canto, é outorgado o ministério de louvor. Tais pessoas são dotadas de características distintas daquelas que simplesmente possuem o dom de cantar ou “cantam bem” com usualmente costumam falar. Os que possuem o ministério de louvor não são apenas profissionais da música ou louvam a Deus, são embaixadores do cântico cristão. Através destes o Espírito Santo se manifesta mais intensamente, e pessoas são edificadas por seus louvores. Alguns creem que o dom de cantar pode ser hereditário, isso é, passado de pai para filho. Sabemos que alguns traços da nossa personalidade são herdados de nossos pais biológicos, mas acreditamos que o contexto em que vivemos pode influenciar muito a construção de nossa identidade, bem como o desenvolvimento de nossas aptidões. Um dom jamais poderá ser perfeito sem ser submetido aos caprichos da prática e do aperfeiçoamento. IV- Habilidade de tocar instrumentos. Este dom está intimamente relacionado a arte da música. Este dom também é chamado comum por também se estender além das fronteiras do contexto cristão. É um dom realmente especial, pois embeleza o canto, principalmente o canto na casa de Deus, mas igualmente aos outros dons comuns já citados, têm sido atualmente usados, na sua maioria, indevidamente. O primeiro a tocar instrumentos musicais, segundo as Escrituras foi Jubal, um descendente de Caim (Gn 4:21). Mas o primeiro a adicionar os instrumentos na adoração pública foi o Rei Davi (2 Sm 6:5; 1 Cr 15:19-22; 1 Cr 25:1-5), daí em diante os instrumentos conquistaram o espaço na adoração de Deus durante todo período Bíblico até os nosso dias. Os Levitas descendentes de Asafe, Hamam e Jeduntum eram os responsáveis por manter a música instrumental na casa de Deus (1 Cr 25:1-5). Os instrumentos musicais são, portanto, indispensáveis na música sacra, pois esta é a finalidade máxima da existência deles. Davi também era músico e o mais renomado de toda história bíblica, igualmente o profeta Habacuque (Hc 3:19). Em relação a Davi o som da harpa serviu para tranquilizar o espírito de Saul (1 Sm 3:16), e servia também como inspiração ao profeta Elizeu (2 Rs 3:15) e acredito que seu valor nesse sentido ainda permanece. A casa de Deus necessita de músicos, e todo músico necessita de Deus, para que venha descobrir o verdadeiro objetivo da existência de sua habilidade “Promover a glória de Deus”. A má administração deste dom acarretará ao seu possuidor, mais cedo ou mais tarde, o justo juízo de Deus.

V- Habilidade comum de sabedoria (Ex 35: 30-34; Pv 2: 6) Este dom foi concedido em maior proporção a Besaleu filho de Ur e a Aoliabe para construir o tabernáculo e todos os seus objetos. A Bíblia diz que Espírito de Deus os encheu de sabedoria, entendimento, ciência em todo artifício para inventar invenções para trabalhar em ouro, prata, cobre, pedras, madeira e em toda obra. Também ao mesmo tempo, concedeu-lhe a capacidade de ensinar outros (Ex 35:30-34). Besaleu recebeu tanto a parte teórica como prática de toda obra que deveria ser realizada em todo tabernáculo. Para os dias de Besaleu este dom era tido com algo sobrenatural, visto não ser comum. No entanto, para a cultura de hoje, as múltiplas derivações deste dom são manifestas na vida de muitas pessoas.

Suas múltiplas derivações são manifestas em grau e intensidade diferentes, levando pessoas a criar e aperfeiçoar coisas totalmente complexas como vemos hoje, tal como rádio, televisão, computador, e todo o complexo mundo tecnológico, etc. Tudo isso, sem dúvida, é fruto de mentes inteligentes dotadas de capacidade semelhantes (Pv 2:6). Essas coisas geralmente são usadas de maneira incorreta, mas quando usadas da maneira certa, são meios totalmente eficazes na difusão do evangelho de Jesus Cristo. As habilidades naturais são dádiva de Deus, cujo nome é Eterna Sabedoria, e distribui às mentes, segundo sua vontade, levando-as a produzir tais inversões, mas, ao mesmo tempo não se responsabilizando por seu uso indevido. A prestação de contas será na eternidade, para os crentes no tribunal de Cristo (2 Co 5:10) para os não crentes no grande Juízo do Trono Branco, também conhecido como Juízo Final (Ap 20:11-12). Outro exemplo de sabedoria comum foi a que Deus concedeu a Salomão para governar seu grande reino (1 Rs 3:9,12). VI – Habilidade de compor música, salmo Era comum entre os filhos de Israel. Homens como Davi, Salomão, Asafe, Etã, Moisés e outros, possuíam tal dom, pois compunham salmos. Ver títulos dos salmos. Hoje também é comum entre os cristãos. O verdadeiro dom de compor música, “musica cristã”, é umas espécies de conciliação do dom espiritual de Sabedoria e Ciência (ver estudo), tais dons abrem caminho para os tesouros eternos de Deus. A verdadeira música cristã, promove a soberania e a gloria de Deus. Por ser parte vital da liturgia cristã, a música exerce grande influência na qualidade moral e espiritual do povo de Deus. Ela exerce influencia sobre a doutrina, a ética, os costumes e sobre o comportamento das pessoas. Uma música cristã cujo teor não reflete perfeitamente a mensagem do evangelho e ganha popularidade no meio evangélico, pode comprometer a saúde espiritual de muitas pessoas. Isso é muito comum atualmente. A letra de uma música, por mais que seja inspirada e ungida, jamais poderá ser considerada infalível, inerrante ou revelação perfeita: tais características são atribuídas somente das Escrituras Sagradas, a Eterna Palavra de Deus (2 Tm 3:16 e 1 Pe 1:21). Podemos estar certos de que as músicas cristãs que edificam a alma, foram inspiradas por Deus, em certo grau de inspiração, mas jamais devemos dogmatizá-las, atribuir-lhes infalibilidade, autoridade plena, etc. Os Cânticos devem ser usados para exaltação e glorificação do nome de Jesus ou aspectos semelhantes. Os dons são perfeitos em sua essência espiritual, mas não estão isentos de invasão ou mesclagem de elementos estranhos, tanto por parte de seu possuidor, como das influencia eternas oriundas de fontes estranhas, inclusive diabólicas. A questão da música gospel hoje como já dissemos é um assunto sério, por causa do conteúdo dos mesmos. Estes tais elementos estranhos distorcem a verdadeira finalidade da música evangélica, de maneira que nem tudo que se canta, como sendo louvor a Deus, na verdade o é. A única maneira de conhecermos, se a mensagem dos hinos estão ou não em perfeita harmonia com às Escrituras, é comparando a mensagem deles à própria Escritura, submetendo-as à uma cuidadosa análise. Só podemos admitir na liturgia cristã, e no conceito de música gospel, as que realmente refletem a Palavra de Deus. De uma coisa precisamos ter certeza, cedo ou tarde virá o juízo de Deus. VII – Habilidade comum de produzir literaturas No campo das literaturas hoje, encontramos a mesma problemática em relação a composição de músicas. Hoje vivemos um verdadeiro multiverso de literaturas do gênero. Se uma obra literária do gênero se encontrar de acordo com os parâmetros bíblicos , será útil para a vida cristã, servindo como fonte de consulta ou como material auxiliar, mesmo sendo abordando temas extra bíblicos “não estão na Bíblia”, tem seu valor, porém jamais poderão ser antibíblicas. Qualquer ideia antibíblica, deve ser repugnada, portanto, vamos seguir o conselho Bíblico “Examinai tudo, retende o bem (1 Ts 5:21)”, o que passar disto sem dúvida não precede do Senhor. Alguns homens de Deus do Antigo e do Novo Testamento foram dotados por um dom especifico literário que os capacitaram a produzir as Escrituras Sagradas, porém, estes livros que hoje chamamos de as Escrituras Sagradas, diferencia em grau, natureza e intensidade das literaturas produzidas a partir do dom comum, manifesto vastamente hoje, na vida de diversas pessoas. O dom de produzir as Escrituras, além de ser especifico, foi restrito somente a eles. O dom comum literário, hoje é falível e jamais poderá produzir algo com teor semelhante ou igual. Também é fruto de certa inspiração, iluminação ou animação vindos da parte do Senhor, uma espécie de mistura de ciência, sabedoria e revelação divina, porém, não se compara em nenhum aspecto à revelação bíblica. Conclusão

Mesmo não sendo em sua maioria, descritos na Bíblia de maneira referencial como dons, acreditamos que tais habilidades são também dádivas de Deus, visto que a graça comum de Deus produz benefícios diversificados na vida da humanidade em geral. A Bíblia afirma que os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento (Rm 11: 29). A Bíblia fala ainda do Espírito que será derramado sobre toda carne (Jr 2:28; At 2:17). A parábola dos dez talentos e das minas, retrata bem o quadro acima (Mt 25: 14-30; Lc 19:11-27). Tais talentos foram concedidos por Deus para promover coisas boas a humanidade, mas nem todo resultado atinge tal objetivo, por causa da questão do uso do livre-arbítrio.

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