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OBREIRO APROVADO - O OBREIRO E A FAMÍLIA

Atualizado: 4 de dez. de 2023

O OBREIRO E A FAMÍLIA A estabilidade familiar constitui um dos elementos chaves, para o sucesso do obreiro no exercício de seu ministério. “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesse em boa ordem as coisas que ainda restam e de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei. Aquele que for marido de uma só mulher que tenham filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissimulações, nem são desobedientes (Tt 1.5-6)” . Paulo ordenou que Tito, seu filho na fé (Tt 1.4) que estabelecesse obreiros em todas as cidades por onde andasse. No entanto, deixou uma recomendação, esse obreiro deveria ter uma família estável, totalmente arraigada na vontade do Senhor. Essa regra não se limita apenas à eleição de novos obreiros, mas a sua permanência nele.



1. O obreiro, o matrimônio e a família. O matrimônio é uma benção de Deus, foi estabelecido pelo próprio Senhor, para múltiplas finalidades (Gn 1.26-28). As responsabilidades no casamento são recíprocas e individuais ao mesmo tempo. Tanto o marido quanto a esposa, são exortados a fazer sua parte (1 Co 7.1-40; Ef 5.22-33; Cl 3.18-25), mas, quando se trata de obreiros da casa de Deus, parece que a responsabilidade recai em maior intensidade sobre ele mesmo. Deus constituiu o marido a cabeça, tanto da esposa quanto da família (1 Co 11.3). Este princípio foi estabelecido pelo próprio Senhor, por seu próprio conselho, e, portanto, não deve ser ignorado. Esta forma de governo foi instituída para que houvesse ordem no casamento, não para fins egoístas, portanto, em momento algum, o homem “o gênero masculino” deve considerar-se melhor ou superior à sua mulher. Para o Senhor ambos têm o mesmo valor, pois são igualmente criaturas suas (Gn 1.27). Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34-35), ambos possuem a mesma estrutura física, e também a mesma composição espiritual (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Se Deus, por seu próprio conselho facultou ao homem a gerência do matrimônio e família, então não deve exitar em cumprir esta responsabilidade, principalmente quando se trata de obreiros do Senhor; do mesmo modo Deus constituiu a mulher adjuntora ou auxiliadora do marido, e co-auxiliadora no cuidado familiar. Portanto, a mulher também não deve negligenciar seu papel. Cumprindo-os estarão ambos honrando ao Senhor e contribuindo para estabilidade e bem-estar da família. Portanto, o homem tem maior responsabilidade diante do Senhor, quando se trata de família, e maior ainda será tal responsabilidade se o referido for obreiro na casa de Deus, pois que, os tais devem, ser exemplo ou modelo para os demais, tanto os que estão dentro quanto os que estão de fora (Hb 13.7; 2 Ts 3.9;1 Tm 4.12; Tt 2.7; 1 Pe 5.3). O zelo do obreiro por seu matrimônio e família deve ser condição necessária não somente para seu ingresso no ministério (Tt 1.5-6), mas também para sua permanência nele, isso como já dissemos é um dos elementos essenciais para o progresso no desempenho do ministério cristão. Abraão era o principal embaixador de Deus em seus dias, ficou conhecido como o “amigo de Deus” (2 Cr 20.7). A respeito dele, o próprio Senhor afirma: eu tenho conhecido que ele há de ordenar á seus filhos e a sua casa depois dele para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado (Gn 18.19). Abraão era um obreiro próspero, e a própria ênfase Divina sobre ele é seu cuidado para com a família. Felipe o evangelista, é outro exemplo de obreiro aprovado nesta questão; seus esforços resultaram em grande prosperidade para seu ministério, como para a própria família. Em (At 6.5), Felipe é citado como um dos sete diáconos eleitos, já em (At 21.8), é chamado evangelista. A prosperidade ministerial de Felipe sem dúvida ocasionou-se pelo seu grande empenho na obra (At 8.4-40), por exercitar bem as disciplinas da vida cristã, envolvendo seu zelo pela família. Por sua grande dedicação, foi honrando como evangelista e suas quatro filhas se tornaram profetizas (At 21.9), foi bastante compensativo seus esforços. Noé, o pregoeiro da justiça, também era obreiro de Deus, seu zelo por sua família foi a chave do seu sucesso como embaixador de Deus. Por seus esforços, Noé alcançou grandes resultados: a salvação da família das águas do dilúvio (Gn 7.13). Se isso não tivesse acontecido, a repovoação da terra depois do dilúvio seria simplesmente impossível; o que resultaria na extinção completa da raça humana. Ló, o sobrinho de Abraão (Gn 11.31; 12.4), não teve a mesma sorte que Noé, pois não conseguiu salvar sua mulher da destruição de Sodoma e Gomorra, mas conseguiu salvar pelo menos suas duas filhas (Gn 19.30). 2. Outros exemplos na Bíblia de negligencia familiar e insucesso ministerial. Um clássico exemplo bíblico de fracasso ministerial por negligência familiar é o de Eli, juiz de Israel, e sacerdote de Deus (1 Sm 1.9; 4.18). Eli não zelava pela disciplina dos dois filhos (1 Sm 2.29), e o resultado foi desastroso, pois seus filhos tornaram-se prepotentes, arrogantes, irreverentes, blasfemos, o que os tornavam impróprios para o exercício sacerdotal, pois se tornaram homens ímpios (1 Sm 1.12-17). Isso custou sua própria rejeição por parte de Deus, o que ocasionou a nomeação de outro sacerdote imediato “Samuel” como outra família de sacerdotes, para exercer o sacerdócio no futuro (2 Rs 2.27), não admita tais prejuízos em seu ministério, zele por sua família. Davi, é outro exemplo de negligência familiar, Amnom filho mais velho de Davi, cometeu incesto com sua própria irmã (1 Sm 13.1-22) Davi não julgou, nem disciplinou seu filho por aquele pecado, o resultado foi um filho delinquente. A negligencia de Davi em disciplinar Amnom custou sua morte por mãos de Absalão, seu outro filho. Isso causou muitas dores ao coração de Davi.



O relato do (v 13), parece esclarecer o motivo de Davi ter filhos tão insubmissos. Outro filho de Davi, chamado Adonias, tentou usurpar por força o trono destinado a Salomão, e a causa disso a Escritura deixa explícito “E nunca seu pai o tinha contrariado dizendo: porque fizeste assim”(1 Rs 1.6), esta referência é prova que o rei Davi não priorizava a disciplina dos filhos, o fim de Adonias foi o mesmo de Amnom (1 Rs 2.34). Absalão filho de Davi, matou seu próprio irmão e fugiu para casa de seu avô Talmar e ali permaneceu três anos (1 Sm 13.37-39), quando retornou a Jerusalém, seu pai o recebeu, sem qualquer repreensão, o resultado foi a usurpação do trono e a perseguição do próprio pai Davi (15-18), o fim de Absalão culminou com a própria morte (1 Sm 18.15-16). Davi reinou quarenta anos, seus dias se findaram com muita tribulação e perseguição. Educação de filhos é coisa séria, considere a recomendação bíblica “instrui o menino onde deve andar e até quando crescer não se desviará dele (Pv 22.6). Tanto a família estável, como o matrimônio estável, contribui para o êxito do ministério do obreiro. Se procedermos sempre assim, os resultados serão sempre singulares. A base da família é o matrimônio. Um matrimônio estável forma uma família estável, com filhos inteiramente submissos, alem de ser um padrão a ser imitado por aqueles que nos observa, pois eles pelo nosso exemplo poderão ser instigados a procurar manter também um relacionamento sadio e igualmente exemplar. Do mesmo modo, ocorrerá se nós obreiros tivermos filhos dedicados e obedientes. Os resultados serão os mesmos. Tudo isso, no entanto, custa um alto preço, porém sempre devemos estar dispostos a pagar, pois os resultados são inefáveis, não se esqueça do que a Escritura diz; “Porque se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus? (1 Tm 3.5). Como é seu cuidado para com seu matrimônio e filhos? Você tem uma família exemplar? Se isso não estiver ocorrendo, seu ministério será descredibilizado, ministério sem crédito não é ministério, e dificilmente terá sucesso. 3. Os jovens vocacionados Os jovens solteiros, vocacionados para o ministério, deve escolher seus cônjuges sob orientação bíblica e do Espírito Santo, para que tenham condições de evitar uma união desproporcional, problemática, infrutífera, que sem dúvida, resultará em prejuízo no desempenho de sua vocação cristã. Pessoas com a mesma vocação e disponibilidade de espírito, auxiliam melhor aqueles que desejam trabalhar no ministério cristão, principalmente se for em tempo integral. O jugo desigual não é visto somente em questões de vida espiritual, mas em vários sentidos, um deles é desproporcionalidade ministerial como já citamos. A pessoa com quem nos casamos, terá um impacto direto em nossas vidas, isso vale tanto para o homem, quanto para mulher. Se o impacto for negativo, grandes serão os prejuízos, e você pode acreditar que a vida espiritual será a primeira a sofrer o impacto. Isto se torna cada vez mais comum nos dias de hoje, como também seus efeitos têm sido evidenciados em maior proporção, na vida de moças e rapazes vocacionados para o ministério cristão, que infelizmente não fizeram boas escolhas. Se você ainda se encontra solteiro (a), pense nisso, zele por aquilo que Deus lhe deu. “Não deiteis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, para que as pisem e voltando vos despedace (Mt 7.6). 4. Considerações gerais sobre família A família, no sentido específico imediato do termo é composta pelo pai, que também é esposo, a mãe, que também é esposa e os filhos (a). 4.1. Dos pais em relação aos filhos:

  • Devem instruir os filhos no caminho em que devem andar (Pv 22.6)

  • Devem instruir os filhos na disciplina e correção do Senhor (Ef 6.4)

  • Pais que amam os filhos, os disciplinam (Pv 13.24)

  • A correção deve ser feita enquanto existe esperança (Pv 19.18)

  • A disciplina dos filhos jamais pode ser retida (Pv 23.13)

  • A lei do Senhor deve ser ensinada aos filhos por parte dos pais, “andando pelo caminho, assentado em casa, ao levantar, ao deitar” (Dt 6.4)

  • Os pais não devem provocar a ira nos filhos (Ef 6.4; Cl 3.21)

  • A disciplina livra os filhos da sepultura (Pv 23.14)

  • A disciplina dos filhos trará no futuro, honra aos pais (Pv 29.17)

4.2. Dos filhos em relação aos pais:

  • Os filhos devem obedecer aos pais no Senhor (Ef 6.1; Cl 3.20)

  • Devem obedecer a instrução e doutrina dos pais (Pv 1.8)

4.3. Do marido em relação à esposa:

  • O marido deve amar a esposa, como a si próprio (Ef 6.25,28,33)

  • A semelhança de “Cristo e a igreja”, o marido deve dar a própria vida pela esposa (Ef 5.26).

  • Deve pagar à esposa a devida benevolência (1 Co 7.3)

  • Deve dar honrar a esposa como vaso mais frágil (1 Pe 3.7)

4.4. Da esposa em relação ao marido:

  • Deve auxiliar o marido em tudo (Gn 2.18)

  • A mulher deve ser submissa ao marido (Ef 5.22; Cl 3.18)

  • A mulher deve reverenciar o marido (Ef 5.22)

  • Deve pagar ao marido a devida benevolência (1 Co 7.3)

  • Deve ser a glória do marido (1 Co 11.8)

  • A mulher provém do varão (1 Co 11.8; conf. Gn 2.21-22)

  • Foi criada por causa do varão (1 Co 11.9; Gn 2.18)

4.5. Aspectos mútuos voltados para o casal:

  • Um não deve defraudar o outro (1 Co 7.5)

  • Um não é sem o outro (1 Co 11.11)

  • Um, provém do outro (1 Co 11.12)

5. Considerações bíblicas sobre a família do obreiro Características gerais da esposa do obreiro

  • Deve ser honesta como convém a santas (1 Tm 3.11; Tt 2.3)

  • Não deve ser maldizente (1 Tm 3.11; Tt 2.3

  • Deve ser sóbria (v 11)

  • Deve ser fiel em tudo (v 11)

  • Deve ser mestra no bem (Tt 2.3)

  • Deve ensinar as outras a serem prudentes e a amarem seus filhos e maridos

  • Deve ser em tudo moderada (Tt 2.3)

  • Deve ser casta em temor (1 Pd 3.2)

  • Deve ser boa dona de casa (Tt 2.5)

  • Deve ser séria no viver (Tt 2.3)

  • Deve ser sábia para edificação do lar (Pv 14.1)

  • Deve priorizar seu interior e não o exterior (1 Pd 3.3)

5.2. Características gerais dos filhos

  • Devem viver em plena sujeição e modéstia (1 Tm 3.4)

  • Devem ser fieis (Tt 1.6)

  • Não devem ser acusados de dissolução e desobediência (Tt 1.6)


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